3/19/2009

 

Choque de Ordem X Choque de Progresso


Na década de 80 um modismo em administração era febre nas empresas foi a criação da “missão da empresa” e a das “cartas de princípios”, era comum encontra incrustadas nas paredes da maioria das salas de recepção das grandes empresas. Algumas têm cinco pontos básicos, outras chegam a ter doze, mas seguramente ninguém na empresa, nem o presidente, se lembram de mais de três itens. Missões cumpridas não funcionam.

A entidade beneficente, Ordem dos Cavaleiros da Cruz de Malta tem a mais de 1.000 anos a mesma “missão”, “obsequium pauperum”, servi aos pobres, uma missão que se mantém até hoje. O Brasil é um dos poucos países do mundo que possuem uma carta de princípios. “Ordem e Progresso”, o lema positivista de Auguste Comte gravado em nossa bandeira. “Ordem é a precondição para todo progresso”. Ordem por base Progresso por fim, diz Comte em seu cours de philosophie positive.

Boa parte da política econômica do Brasil desde a era do presidente Fernando Henrique até hoje com o governo Lula segue o lema positivista de manter a casa em ordem, sem inflação, por exemplo, como precondição para o progresso. Possuímos uma constituição de mais de 300 parágrafos que põe “ordem” em tudo ou em quase tudo.

Se você quiser abrir uma empresa no Brasil é necessário dezenas de autorização prévias para poder começar em “ordem”. Nosso lema deixa bem claro que a “ordem” vem em primeiro lugar, sem “ordem” não há progresso.

Ricardo Semler, um dos primeiros a escrever um livro de administração que se tornou best-seller popular, Virando a Própria Mesa, mostra uma interessante inconsistência. “Ordem e Progresso são incompatíveis”, argumenta Semler. Progresso por definição, é desordem, criatividade é bagunça e confusão. Basta observar a mesa de um cientista, injustamente chamado de louco por suas atitudes desordeiras.

Ou se escolhe “ordem”, diz Semler, ou se escolhe “progresso”, a grande critica de todos ao governo de Fernando Henrique foi que ele escolheu a primeira opção. É bem verdade que o estado de desordem político e econômico do Brasil era naquele momento o falimentar que vinha colocando em risco os órgãos e o sistema brasileiro de forma generalizada de maneira a destruí a sociedade brasileira. A eleição de Lula parecia uma opção de mudança do enfoque para privilegiar a segunda parte do lema nacional. Já que curiosamente talvez o excesso de ordem do Governo tucano tenha dificultado o um maior progresso. Existe uma terceira interpretação, que segue a linha de Semler, mas é um pouco diferente. Nossa Bandeira deveria conter a frase invertida: “Progresso e Ordem”. Depois da Bagunça da criação, é necessário ter uma fase mais calma de consolidação. Todos os cientistas sabem disso. De tempos em, tempos até eles criam vergonha e arrumam o laboratório. Progresso primeiro, ordem depois faz mais sentido do ponto de vista operacional.

Quem coloca a sociedade em ordem não são economista como se pregou durante muito tempo, mas também é bom que se saiba que não é um xerife cercado de homens de capacete e porretes dizendo isso não pode, aquilo também não pode e por ai vai a ordem do não pode, não pode e não pode, de maneira quase que indiscriminada. A ordem social não vai se estabelecer com apreensões de mercadorias e produtos de ambulantes, que na “desordem” da legalidade trabalham pelo progresso social de suas famílias. Nossa sociedade chegou a um nível tal de “desgoverno” (e esse é o ponto critico da questão) que nos últimos anos são os “desordeiros trabalhadores da informalidade” os que mais ajudam a consolidar os “progressos” socioeconômicos e por mais incrível que pareça também os estruturais que temos hoje, as pesquisas do próprio IBGE dizem isso claramente. Os “desordeiros trabalhadores informais” tornaram-se na sociedade carioca os empreendedores, criadores e revolucionários, característica que difere o Rio do resto do país. O governo e os governantes que quiserem ser bem sucedidos e progressistas terão que aceitar o desafio não de aniquilar com estes mais o de sedimentá-los em leis e lições realista com este momento e não com ilusionismo pra ocupar paginas de jornal. Para que de fato as mudanças necessárias se tornem consagradas, sedimentadas e difundidas.

Quem gera o progresso sem duvida são os criadores, os inovadores, as pequenas empresas e os pequenos empresários, os artistas que quebram paradigmas, os trabalhadores informais e ou ambulantes que superam a falta de oportunidade das benesses da letra oficial e ainda vencem as tentativas de sedução da oportunidade da criminalidade, os que destroem a “ordem” e a visão reinante, os que se arriscam e mostram o exemplo.

A desordem dessa fase precisa de uma pausa para respirar e de membros da sociedade preocupados em consolidar as conquistas geradas e a corrigir (com atenção a sociedade e ao social) os erros adquiridos.

A ordem sucede ao Progresso. Não o antecede como reza a nossa bandeira. Portanto, o que precisamos com urgência é de um choque de Progresso.

 

DILMA LÁ!


A transformação da Ministra chefe da Casa Civil.


A mulher- forte do presidente Lula, começou a mostra ao Brasil e ao mundo como ela pretende se apresentar como candidata a sucessão presidencial na campanha de 2010, e ao que parece a imprensa nacional dotada de uma incrível curiosidade pretende dar a ela todo o espaço necessário pra que isso aconteça o quanto antes. Desta maneira Dilma que até pouco tempo era uma completa desconhecida do povo passa a ter o destaque e os holofotes necessários como sendo a candidata de Lula a sucessão. O próprio Lula já começou a fazer de Dilma sua sombra e vem se esforçando muito para dar a ela (a sombra) vida própria.


A nova Dilma surgiu mais ou menos assim (segundo ela mesma). Depois de anos usando óculos muito pesados do tipo fundos de garrafa, devido a miopia e depois a hipemertropia sem acha uma lente de contato com a qual se acostumasse, em fim já aos 60 anos de idade Dilma encontrou as sonhadas lentes de contato adequadas. Ao por as lentes, Dilma em fim pode enxergar sua verdadeira face "física", ela ficou estarrecida: "meu deus! eu tenho olheiras!" diante de tamanha situação resolveu fazer uma plástica para corrigir as olheiras, a plástica ficou tão boa que além de mais "bonita" a ministra chefe passou a sorri com mais facilidade (olha que legal), mas se engana quem pensa que este foi o único resultado da plástica. Dilma também passou a falar de maneira diferente antes ela era dura nas palavras e, diga-se de passagem, uma mulher de poucas palavras, agora Dilma lá, fala manso e já até conta piadas em seus discursos e entrevistas, há quem diga existir pelo menos mais um beneficio da milagrosa plástica, é que aparentemente "eu disse aparentemente" ela estar ouvindo melhor.


Eu ouvi em Brasília (em uma recente visita que fiz), que a ministra antes da plástica era tida por todos como uma mulher dura e até arrogante de poucos amigos e talvez de muitos "inimigos" (o que não me foi novidade era assim mesmo que eu a via), mas depois da plástica Dilma a guerrilheira passou a ser a doce Dilminha. Doce, delicada, competente, (quase) sensual e aberta ao dialogo e a discutir pacificamente "as relações" (é talvez nem tão aberta assim), sim amigos eu estou falando da Ministra Dilma Russeff.


Andando pelos corredores de Brasília ouvi de um jornalista que Dilma mudou até o perfume, um deputado comentou empolgado com um outro sobre o fato de Dilma ser divorciada e se declarar pronto para o amor (dali Dilminha). Aliais em uma recente entrevista Dilminha disse que o amor e ou a relação amorosa não são incompatíveis com suas funções (e não são mesmo). Dilma revelou seu sonho de criança: ser bailarina, mas teve seu sonho frustrado pela mãe que insistia em fantasiá-la como cigana e ou fada.


Dilma agora Dilminha passou a ser mulher, ou melhor, "mais mulher"; ela chora quando assisti cenas de amor nas novelas e ou nos filmes, Dilminha revelou que é do tipo de mãe que sentava pra assistir TV com a filha, e como resultado disso ela sabe tudo sobre o Chaves, personagem mexicano, apesar de ser amiga do outro Chaves (o Hugo da Venezuela). Dilminha queria ter tido mais filhos.


Apesar de ter sido guerrilheira Dilminha só aprendeu a limpar e a montar as armas que roubou dos quartéis do exercito no Rio (e vendeu para os morros da cidade), ou seja, na guerrilha Dilminha não era a "chefona" ela era uma espécie de Amélia da, VAR - PALMARES, professora voluntaria em presídio junto com uma freira aliais Dilminha estudou em colégio de freiras, esta senhora é pra casar.


Parece que a plataforma de campanha de Dilminha a sucessão já estabeleceu o marketing a ser adotado: Dilminha pra casar !


Dilma Lá, já começou e muito bem, resta agora conhecer o seu adversário. Quem será mesmo?

3/17/2009

 

DEMOCRACIA PARTIDARIA. QUAL PARTIDO SERÁ CAPAZ DE PROMOVE-LA

Os partidos políticos são peças chaves em um estado democrático, daí a necessidade de se discutir inclusive com a sociedade a “reforma política partidária”. Um quesito importante é a fidelidade partidária que foi introduzida no Brasil por força de interpretação judicial, razão pela qual há defeitos e em alguns casos até falta de clareza, contudo apesar do caminho tortuoso esta é uma importante conquista (que deve ser aperfeiçoada) não apenas para os partidos “sérios com programas, ideologia e projetos”, mais especialmente para uma sociedade que busca soluções urgentes para a desordem política partidária. Temos no Brasil uma imensidão de partidos políticos, isto deveria ser bom, em tese deveria representar uma maior competição partidária e consequentemente uma maior apresentação de alternativas ao eleitor, sem falar de um controle mútuo entre as forças políticas, mas o que percebemos é a partidarização dos cargos públicos, alianças partidárias improcedentes com os princípios programáticos e ideológicos das legendas; ou seja falta de bandeira e objetivo comum social, associado a falta de transparência no financiamento das campanhas eleitorais.

É diante deste cenário político partidário que o eleitor vai a cada dois anos as urnas escolher seus representantes e constituir seus governantes. Ora diante desta desordem política partidária o que se pode espera como resultado é exatamente o que temos visto, ou seja, níveis crescentes de corrupção e ineficiência legislativa e administrativa junto a um forte crescimento das políticas de clientelismo “eu te dou uma dentadura e você me dá o seu voto” por mais incrível que isso possa parecer, é assim que considerável parcela de nossos “políticos” fazem política, com o discurso do sentimento social desta maneira o eleitor que acaba por não ter como votar nos partidos e principalmente em programas de ação e ou governo, vota mesmo nestes tais politiqueiros de plantão e ou anula o voto (o que acaba sendo a mesma coisa né).

Os partidos se tornaram em sua maioria agremiações de lideres políticos regionais, que se elegem por meio do uso indevido da maquina e ainda por compra de votos ou mesmo pela troca de favores, estes a fim de estender suas arraias de "poder" também elegem seus apadrinhados políticos e mais do que isso seus parentes (filhos, sobrinhos, esposas e etc.), é a monarquia política em pleno estado democrático presidencialista. Desta maneira passamos a ter cada vez menos partidos com a participação da sociedade.
Cada vez mais fechados a sociedade os partidos deixaram o eleitor sem conhecimento das dinâmicas políticas partidárias diárias e possuem uma participação cada vez mais reduzida dos grupos e movimentos sociais (eu falo dos movimentos sérios). Seus filiados os que assim como eu ainda tem esperança de que é possível mudar, sofrem com a força e a interferência desta “cúpula de caciques partidários”, que tomam cada vez mais decisões fechadas sem a participação da legenda e em alguns casos não raramente sem si quer a participação da comissão executiva secretariados ou outros da coordenação do partido. Vivemos exemplos clássicos desta falta de sintonia, por exemplo, no PMDB o “maior” partido Brasileiro em que a falta de unidade faz com que o mesmo viva em uma divisão de feudos do poder regional, e em muitos casos individualista isto é uma completa instabilidade.

Observamos que decisões importantes e de interesse geral ao menos dos filiados aos partidos, tais como, por exemplo, apoiar ou não a determinado governo, a escolha de candidatos a cargos majoritários, coligações partidárias, ser contra ou a favor de temas diversos como – aborto, legalização das drogas, do casamento entre pessoas do mesmo sexo, menor idade penal e tantos outros que merecem ampla discussão e analise não apenas de um grupo fechado mais de toda a legenda, até como um importante instrumento de fortalecimento do próprio partido e sua posição diante da sociedade se tornaram decisões de indivíduos revestidos de um poder quase que sobrenatural e que se não em todas, na maioria das vezes, são decisões de interesse pessoal, transformando partidos inteiros em centros ditatoriais e isso em pleno estado democrático o que é extremamente grave em uma sociedade democrática que tem os partidos como os guardiões e ou zeladores da democracia se na pratica os mesmos na sua maioria são núcleos particulares de indivíduos repito "politiqueiros".

A discussão Sobre a reforma política não pode se limitar no sistema de voto, ou seja, se o eleitor vai votar no candidato ou no partido, a reforma política deve começar pela reforma dos partidos político do contrario esta será uma discussão vazia e o pior absolutamente danosa à população.
Eu penso que nesta discussão é preciso estabelecer mecanismos que obriguem os partidos a exercerem a democracia total e absoluta internamente como sendo este inclusive um pilar do principio ativo de quem pretende zelar pela democracia. Este se tornou nos tempos atuais o imperativo do desafio da democracia: "instituir a ampla e irrestrita democracia no dia a dia e no seio decisório dos partidos que afinal se dizem democráticos". Talvez me perguntem sobre a situação dos partidos comunistas eu respondo que no meu entender, pela constituição federal virgente tais partidos no Brasil nem deveriam existir isso se fizermos uma interpretação séria dela.
Bom assim o sendo resta saber qual será o partido a ergue a bandeira da democracia partidária.

3/10/2009

 
Inspirados com a atitude das direções nacionais dos nossos partidos, que recentemente anunciaram a formação de um bloco político destinado a vencer as eleições de 2010 e governar o país, NÓS, jovens lideranças do Partido da Social Democracia Brasileira – PSDB, do Partido Popular Socialista – PPS, e do Democratas – DEM, resolvemos protocolar aqui a intenção de também agirmos em unidade nos movimentos sociais da juventude e colaborarmos na construção de um projeto para o país.
Do mesmo modo, deixamos clara a disposição para desde já trabalharmos na sociedade e no interior dos nossos respectivos partidos para viabilizar e fortalecer a pré-candidatura à presidência da República do governador José Serra (PSDB/SP). Sem desmerecer o outro pré-candidato tucano, Aécio Neves, que contará com todo o apoio caso seja o indicado, acreditamos que o governador paulista, liderando este bloco, é o que reúne as melhores condições para enfrentar, vencer as eleições de 2010 e governar o Brasil nos anos seguintes.
A trajetória de José Serra nos anima a continuar na luta. Sua origem no movimento estudantil e a luta democrática contra a ditadura militar servem de exemplo para os jovens que participam da política sem cair no discurso fácil do radicalismo de esquerda e sem descuidar do preparo profissional e intelectual. Sua preocupação com a juventude fica evidente nas políticas públicas implementadas pelo governo de São Paulo, sem dúvida o estado mais atuante neste setor. Num período de descrédito de grande parte dos jovens em relação à política partidária, em que aloprados e mensaleiros tentam nivelar por baixo a vida pública, a probidade e competência de José Serra o colocam entre os exemplos de políticos necessários, nos quais se pode acreditar.
Para nós, o respeito aos brasileiros é um principio que devemos defender cotidianamente. Por isso, desde já nos preocupamos com a eleição de 2010 e defendemos um novo projeto para o Brasil. Assim, convidamos àqueles que acreditam nestes ideais a juntarem-se a nós na construção deste programa, com base no poder local e na radicalidade democrática.

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