2/01/2006
Caminho para o Fracasso
Em artigo no site do Noblat, o jornalista José Negreiros afirma que o crescimento argentino é balela, o que deveria ser claro para as pessoas portadoras de um diploma e que tenham noção do que signifique a expressão "capacidade ociosa".
Infelizmente, a maioria não faz idéia. A Argentina perdeu 25% de seu PIB e só retornou no ano passado aos níveis pré-crise. Ou seja, já existia infra-estrutura e indústrias prontas para operar, só não havia (mais) quem sustentasse, pois a classe média foi dizimada pela crise. Acabando com a inflação e garantindo o mínimo de estabilidade política, a Argentina conseguiu voltar ao que era.
Andar ela já consegue. Quero ver é correr, como todos achavam que ela fazia.
A lição que fica é calote é caro. Ninguém investe na Argentina. Todos têm medo do que o governo possa fazer. E, pior: ninguém confia nos bancos. A população ainda tem na memória o calote que tomou na transição da paridade.
Um país em que a população não confia nos bancos é um país destinado ao fracasso. Sem bancos, a economia entra em colapso e quebra. Acabam-se os empréstimos e investimentos, já que não há dinheiro. Com medo, a população guarda o seu dinheiro em colchões. Sem empréstimos, os agricultores têm dificuldades em garantir a sua colheita, aumentando os preços. Os comerciantes, por sua vez, com mercadorias escassas farão o mesmo, aumentando a inflação.
A população desprotegida pelos bancos, verá o seu dinheiro perder o valor. O desemprego é a regra e a revolta toma conta das ruas, em caixotes, fascistas e comunistas pregam que a culpa é do capitalismo e dos liberais e que a única saída é a tomada do poder pelo (e para) o povo.
A polícia e o exército perdem o controle da maior parte do território. O "povo" toma o poder, em pouco tempo, pelo bem do "povo", liberdades são suprimidas para garantir a segurança do "povo".
Essa é a versão mais pessimista da história que já se repetiu várias vezes e se repete em um certo país sul-americano. A mais otimista é a estagnação e a subida de um populista ao poder, que tornará a hipótese mais pessimista - descrita acima - um pouco mais demorada.
Desconfie de soluções simples. E de quem fala em nome do "povo".
Infelizmente, a maioria não faz idéia. A Argentina perdeu 25% de seu PIB e só retornou no ano passado aos níveis pré-crise. Ou seja, já existia infra-estrutura e indústrias prontas para operar, só não havia (mais) quem sustentasse, pois a classe média foi dizimada pela crise. Acabando com a inflação e garantindo o mínimo de estabilidade política, a Argentina conseguiu voltar ao que era.
Andar ela já consegue. Quero ver é correr, como todos achavam que ela fazia.
A lição que fica é calote é caro. Ninguém investe na Argentina. Todos têm medo do que o governo possa fazer. E, pior: ninguém confia nos bancos. A população ainda tem na memória o calote que tomou na transição da paridade.
Um país em que a população não confia nos bancos é um país destinado ao fracasso. Sem bancos, a economia entra em colapso e quebra. Acabam-se os empréstimos e investimentos, já que não há dinheiro. Com medo, a população guarda o seu dinheiro em colchões. Sem empréstimos, os agricultores têm dificuldades em garantir a sua colheita, aumentando os preços. Os comerciantes, por sua vez, com mercadorias escassas farão o mesmo, aumentando a inflação.
A população desprotegida pelos bancos, verá o seu dinheiro perder o valor. O desemprego é a regra e a revolta toma conta das ruas, em caixotes, fascistas e comunistas pregam que a culpa é do capitalismo e dos liberais e que a única saída é a tomada do poder pelo (e para) o povo.
A polícia e o exército perdem o controle da maior parte do território. O "povo" toma o poder, em pouco tempo, pelo bem do "povo", liberdades são suprimidas para garantir a segurança do "povo".
Essa é a versão mais pessimista da história que já se repetiu várias vezes e se repete em um certo país sul-americano. A mais otimista é a estagnação e a subida de um populista ao poder, que tornará a hipótese mais pessimista - descrita acima - um pouco mais demorada.
Desconfie de soluções simples. E de quem fala em nome do "povo".
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