10/07/2009
Rio 2016 ! Uma Vitoria do Povo Carioca!
Quando uma cidade ganha a disputa para realizar um grande evento esportivo, como um Pan-Americano, os jogos Olímpicos ou a Copa do Mundo, a vitória implica em compromisso com a população local: a competição deve ter como meta melhorar concretamente a vida das pessoas, garantindo que, além do sucesso passageiro da festa pela conquista, os investimentos realizados, públicos e privados, reverta-se de forma definitiva para o bem comum. É esse o espírito que norteia a disputa entre as cidades candidatas e que deveria ter permanente presença junto aos organizadores dos jogos.
Nos jogos Pan-Americanos, realizados em junho de 2007 na cidade do Rio de Janeiro, a sensação que tive (e creio que não fui o único a ter) foi a de que vencemos uma disputa com um projeto arrojado que traria melhorias permanentes pra toda a população carioca, mas que efetivamente não aconteceu em toda sua extensão. O Rio fez uma grande festa um grande evento no Pan-Americano. A população se engajou, participou, foi cuidadosa, como sempre o carioca foi criativo, nosso povo mostrou mais uma vez que sabe receber bem, esquecemos as divergências, e até os índices de segurança foram positivos e sem ocorrências consideradas graves. Os cariocas não decepcionaram.
No entanto, os poderes públicos nossos governantes, não souberam fazer bem a sua parte, jogaram fora uma oportunidade singular de transformar a vida dos cidadãos cariocas e fluminenses.
No Pan-Americano na chamada inclusão social pelo esporte, nada ou quase nada foi feito. A prefeitura gastou mais de 3 bilhões de reais com o Pan, com parte desses recursos poderiam ter sido construídas uma vila olímpica em cada comunidade. Mas isso não aconteceu, e era parte do projeto apresentado. O Engenhão que custou mais de 300 milhões de reais, estar sendo administrado por um clube de futebol que paga um aluguel simbólico a prefeitura de cerca de R$ 1.000 (um mil reais) é praticamente um elefante branco pra cidade. Foi construído sem perspectivas de administração e sem um projeto de viabilidade administrativa, um equipamento de custo de cerca de R$ 500 mil reais / mês, sem perspectivas de recursos para tal e sem um projeto de viabilidade, assim foram construídos este e outros equipamentos esportivos alguns deles praticamente abandonados até pela falta de acessibilidade, são distante de tudo e falta transporte publico e outros.
Na questão da infra-estrutura, no Pan, assistimos atônicos a uma série de tentativas de estupros urbanísticos, que alterou o zoneamento sem conseqüências e ou autorizações de construções estapafúrdias, como a da Marina da Gloria, que nada tinham haver com os jogos Pan-Americanos, mas que são viabilizados sob o pretexto de não acontecer o evento. Enquanto que o projeto de remodelação do transporte publico na cidade algo de suma importância tanto para os jogos como pra a vida da cidade nem mesmo saiu do papel. Mas aparentemente na escolha do Rio para os jogos olímpicos de 2016, nada disso foi considerado. Venceu essa disputa o Povo do Rio que demonstrou nos jogos do Pan-Americanos uma incrível capacidade de transformar uma cidade estruturalmente despreparada em uma cidade emocionalmente capaz, o povo venceu pela sua capacidade de aderir o espírito esportivo proposto pelos jogos e mais do que isso de fazer fluir e transparecer sua vontade de ir alem de suas reais possibilidades e de fato conseguir ir. Parabéns a esse povo guerreiro e vencedor por mais esta conquista, espero poder em breve parabenizar os governantes por se mostrarem ser capazes de fazer coro com esse povo que canta e encanta o mundo com sua linda melodia de esperança e otimismo. E não tenho duvidas de que faremos uma linda festa em que cariocas e brasileiros serão as grandes estrelas. Minha torcida e pra que esta não seja mais um vez uma festa de esquecimentos das mazelas e da proclamação do modo “ufano de ser brasileiro”.
Nos jogos Pan-Americanos, realizados em junho de 2007 na cidade do Rio de Janeiro, a sensação que tive (e creio que não fui o único a ter) foi a de que vencemos uma disputa com um projeto arrojado que traria melhorias permanentes pra toda a população carioca, mas que efetivamente não aconteceu em toda sua extensão. O Rio fez uma grande festa um grande evento no Pan-Americano. A população se engajou, participou, foi cuidadosa, como sempre o carioca foi criativo, nosso povo mostrou mais uma vez que sabe receber bem, esquecemos as divergências, e até os índices de segurança foram positivos e sem ocorrências consideradas graves. Os cariocas não decepcionaram.
No entanto, os poderes públicos nossos governantes, não souberam fazer bem a sua parte, jogaram fora uma oportunidade singular de transformar a vida dos cidadãos cariocas e fluminenses.
No Pan-Americano na chamada inclusão social pelo esporte, nada ou quase nada foi feito. A prefeitura gastou mais de 3 bilhões de reais com o Pan, com parte desses recursos poderiam ter sido construídas uma vila olímpica em cada comunidade. Mas isso não aconteceu, e era parte do projeto apresentado. O Engenhão que custou mais de 300 milhões de reais, estar sendo administrado por um clube de futebol que paga um aluguel simbólico a prefeitura de cerca de R$ 1.000 (um mil reais) é praticamente um elefante branco pra cidade. Foi construído sem perspectivas de administração e sem um projeto de viabilidade administrativa, um equipamento de custo de cerca de R$ 500 mil reais / mês, sem perspectivas de recursos para tal e sem um projeto de viabilidade, assim foram construídos este e outros equipamentos esportivos alguns deles praticamente abandonados até pela falta de acessibilidade, são distante de tudo e falta transporte publico e outros.
Na questão da infra-estrutura, no Pan, assistimos atônicos a uma série de tentativas de estupros urbanísticos, que alterou o zoneamento sem conseqüências e ou autorizações de construções estapafúrdias, como a da Marina da Gloria, que nada tinham haver com os jogos Pan-Americanos, mas que são viabilizados sob o pretexto de não acontecer o evento. Enquanto que o projeto de remodelação do transporte publico na cidade algo de suma importância tanto para os jogos como pra a vida da cidade nem mesmo saiu do papel. Mas aparentemente na escolha do Rio para os jogos olímpicos de 2016, nada disso foi considerado. Venceu essa disputa o Povo do Rio que demonstrou nos jogos do Pan-Americanos uma incrível capacidade de transformar uma cidade estruturalmente despreparada em uma cidade emocionalmente capaz, o povo venceu pela sua capacidade de aderir o espírito esportivo proposto pelos jogos e mais do que isso de fazer fluir e transparecer sua vontade de ir alem de suas reais possibilidades e de fato conseguir ir. Parabéns a esse povo guerreiro e vencedor por mais esta conquista, espero poder em breve parabenizar os governantes por se mostrarem ser capazes de fazer coro com esse povo que canta e encanta o mundo com sua linda melodia de esperança e otimismo. E não tenho duvidas de que faremos uma linda festa em que cariocas e brasileiros serão as grandes estrelas. Minha torcida e pra que esta não seja mais um vez uma festa de esquecimentos das mazelas e da proclamação do modo “ufano de ser brasileiro”.
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